Texto Isabel Duprat

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A área generosa deste jardim na cidade de São Paulo e a implantação da casa projetada por Isay Weinfeld deram-me a oportunidade de criar um gramado de verdade, incólume, plano, daqueles dos belos jardins ingleses esparramados e cheios de vitalidade. Ter uma sensação da placidez do campo, por que não na cidade?

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Envolvendo o tapete verde, uma densa massa de árvores nativas já adultas, como sapucaia, pau-ferro, pau-óleo, canafistula, erythrina, cabreúva, guarantã, jequitibá e cedro, foram plantadas incorporando-se a apenas 4 já existentes, além de palmeiras, arbustos e folhagens fazendo o fechamento da rua e de tudo o que não se queria ver: fios e mais fios, semáforos, pontos de ônibus, etc. Por que tudo isso precisa ser tão feio, tão desleixado?

 

Fazendo a acomodação de um desnível de 3,5 m em direção à piscina esculpimos um talude com suaves movimentos que abraçou algumas palmeiras existentes no terreno.

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O acesso social à casa foi feito através de uma escada de pedras irregulares acomodadas gentilmente no terreno até o desnível ser vencido, chegando-se ao platô do gramado para então percorrer o caminho sob as árvores, que foram atapetadas por forrações e folhagens em diversos tons de verde.

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Uma grande área iluminada por domos retangulares me deu a oportunidade de criar para o outro acesso uma escada também com as pedras irregulares colocadas uma a uma, lembrando mesmo uma caminhada na montanha entre palmeiras longilíneas e folhagens, algo que, pela sua peculiaridade, só poderia ser feito com a cumplicidade dos clientes.