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JARDINS DO EDIFÍCIO JATOBÁ

São Paulo, SP

Texto Isabel Duprat

As áreas reservadas ao jardim eram sobras do projeto de arquitetura do edifício, sem altura de terra em sua maior parte, exceção ao canteiro onde foi plantado o belo jatobá, que dá nome ao edifício. Este é o grande problema do projeto de paisagismo iniciado quando o projeto de arquitetura já está consolidado. A contribuição é pequena e o objeto de trabalho e criação ocorre no espaço que restou. Por esta razão pensei em explicitar este fato, como se estes pequenos recortes de jardim fossem reminiscências do lugar, deixados pela obra. Assim, sobre uma laje com muito pouca espessura de terra para o plantio, criei um tapete de pedras irregulares, entremeado de samambaias e filodendros brotando do chão pelas fendas que se abrem do piso como se já estivessem ali. O espelho d'água que envolve o edifício, refletindo também esta ideia, foi desenhado como ruínas de uma fundação. Pedras de granito café imperial em formas geométricas que se justapõem em diferentes alturas, criam um dinamismo nas cores da água reforçado pelo vento.

A cobertura do edifício foi preparada com terra suficiente para receber um jardim de ervas e um grande pomar que produz romãs, acerolas, cambucás, jabuticabas e cerejas, propiciando um saboroso passeio aos usuários, ao mesmo tempo que cumpre a função de cobrir o grande número de condensadoras, fazendo também uma gentileza ao deixar a vista mais agradável para os prédios vizinhos.

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Área de intervenção 2200 m²

Projeto e execução 2007 – 2010

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